A Quinta da Pacheca arrecadou a distinção portuguesa nos prémios ‘Best of Wine Tourism 2020’. Trata-se de uma seleção internacional levada a cabo pela Rede Mundial de Capitais de Grandes Vinhedos, que premeia o que de melhor se faz na área do enoturismo por esse mundo fora. 

 

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Num cenário idílico e romântico, os Wine Barrels proporcionam-lhe uma experiência única.

Situada precisamente 5100-424 Lamego, Portugala, a Quinta da Pacheca  distingue-se pela original arquitetura dos quartos, que têm o formato de barricas de vinho. De acordo com uma nota enviada à imprensa, a Quinta da Pacheca venceu o prémio atribuído pelo júri internacional, numa cerimónia que teve lugar na cidade francesa de Bordéus.
Os resultados do “Public Choice Award” foi revelados pela Great Wine Capitals, que informa que a votação online contou com mais de 5.000 votos provenientes de todo o mundo.
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Consegue imaginar acordar no meio de uma vinha e experimentando a ruralidade de uma das regiões vinícolas mais famosas do mundo?

O único representante do Porto e Região do Douro Vinhateiro a integrar o leque de candidatos finalistas, onde figuravam outras regiões vitivinícolas de renome mundial.
O certo é que a opinião do público convergiu com a do júri, contribuindo, assim, para elevar o Porto e a Região como destino de qualidade e excelência do enoturismo.
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A Quinta da Pacheca criou os Wine Barrels, projeto arquitetônico ousado de suítes em forma de barris de vinho.

 

A Rede Internacional de Capitais de Grandes Vinhedos é uma organização formada por 10 cidades reconhecidas mundialmente pelos seus vinhos e regiões vinícolas, que tem por objetivo promover o enoturismo nessas regiões, encorajando o desenvolvimento económico, académico e cultural na sua comunidade, através de intercâmbios e projetos conjuntos.
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Interior do Wine Barrils suite.

 

O Porto é membro-fundador e representa na Rede as regiões vitivinícolas do Douro e dos Vinhos Verdes, cabendo ao Município do Porto representar oficialmente o Porto e suas regiões neste contexto, com a Associação de Turismo do Porto a ter a incumbência de desenvolver todas as ações relacionadas com o projeto. “Este é mais um reconhecimento que nos enche de orgulho e que valida a aposta feita de criar um destino enoturístico diferenciado na região do Douro”, sublinha Maria do Céu Gonçalves, co-proprietária da Quinta da Pacheca.
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Interior

Recorde-se que o «Best of Wine Tourism» já tinha atribuído à Quinta da Pacheca três outros prémios, nomeadamente em 2017, quando o complexo enoturístico venceu na categoria de melhor ‘Restaurante Vínico’; em 2016 na categoria de ‘Experiências Inovadoras em Enoturismo’ e em 2015 na categoria de ‘Alojamento’. Para além disso a Quinta da Pacheca, cujas origens remontam a meados do século XVIII tem 75 hectares de vinha na Região Demarcada do Douro, em pleno Património Mundial da Humanidade.

A história da Quinta da Pacheca
A história da vinha nesta propriedade remonta ao século XVI, quando se tratava de uma coleção de videiras pertencentes aos mosteiros de Salzedas e a São João de Tarouca, conforme mencionado em um documento datado de 1551. A propriedade é mencionada primeira vez em um documento datado de abril de 1738, onde é chamado de “Pacheca”, uma forma feminina do nome de família Pacheco por pertencer a uma dama, Da. Mariana Pacheco Pereira, uma mulher imponente que cuidava da propriedade sozinha. Um dos marcos pombalinos remanescentes que foram usados ​​pela primeira vez em 1758 para delinear esta primeira região vinícola demarcada do mundo pelo Marquês de Pombal, ainda é preservado na Quinta da Pacheca, bem na entrada principal dos tradicionais tanques de pedra.
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Propriedade com 75 hectares de vinhas. Fotos: Todos os direitos são reservados a Quinta da Pacheca.

 

Essas marcas de pedra granítica foram declaradas propriedade de interesse nacional na década de 1940. Foi em 1903 que D. José Freire de Serpa Pimentel comprou a propriedade e começou a trabalhar na modernização da vinha e estruturas, entre as quais oito tanques de granito onde os vinhos tintos de Pacheca ainda são vinificados, resultando em limitadas produções anuais de especialidades. Com cerca de 75 hectares de vinhedos próprios plantados no Patrimônio Mundial da Humanidade, classificado pela UNESCO em 2001, a Quinta da Pacheca sempre se concentrou na produção de DOC Douro e vinhos do Porto de qualidade e foi uma das primeiras na região a engarrafar Vinhos DOC com marca própria. Foi em 1977 que começou a comercialização dos vinhos DOC com as marcas Quinta da Pacheca e Quinta de Vale Abraão, que ainda hoje pertencem à vinha da Quinta da Pacheca, sob a liderança do pioneiro D. Eduardo Mendia Freire de Serpa Pimentel – tel quem foi o primeiro em Portugal a produzir vinhos brancos de Sauvignon Blanc, Riesling e Gewurztraminer. Atualmente, a família Serpa Pimentel continua envolvida no projeto com a quarta geração da família.
Em 1995, a Quinta da Pacheca iniciou oficialmente seu projeto de enoturismo, abrindo suas portas para visitas guiadas à propriedade e venda de seus vinhos na loja da Quinta. O conceito foi desenvolvido ao longo dos anos com outras atividades de interesse relevante do enoturismo e resultou na abertura do Hotel Quinta da Pacheca em 2009, explorando assim outra forma de negócios e contribuindo para ampliar a oferta de turismo de região cada vez mais procurada e reconhecida como destino de excelência.A propriedade ainda conta com serviço de SPA, e atelie de arte comandado por Óscar Rodrigues desde 2001, ele tem graduação de artes na universidade do Porto com muitas exibições nacionais e internacionais.
É ou não é um local digno para desfrutar do melhor vinho do mundo e ainda conhecer a história deste lugar?
Camões TV

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